header print

O que há por trás do tremor nas pálpebras?

O Editor: Anna D.
 


Você está no meio do expediente, focado na tela do computador, quando sente um leve tremor nas pálpebras. Parece algo bobo, passageiro, mas esse pequeno espasmo — conhecido como mioquimia palpebral — pode estar dizendo mais do que você imagina sobre o seu corpo e sua mente.

Apesar de geralmente inofensiva, essa contração involuntária e repetitiva dos músculos das pálpebras pode ser um sintoma de que algo não vai bem. E como toda linguagem do corpo, ela merece ser ouvida com atenção.
 

 
Estresse à flor da pele (e dos olhos)
 
Tremos pálpebras

O neurologista Dr. Guilherme Olival explica que o estresse é o principal vilão por trás dos tremores oculares. “Esses espasmos são comuns em momentos de tensão. Eles podem surgir de forma pontual ou durar mais tempo, mas normalmente não são contínuos”, esclarece.

A explicação é fisiológica: quando o corpo está sob pressão, os impulsos nervosos se intensificam, provocando contrações musculares involuntárias — um reflexo silencioso de que algo está em desequilíbrio. O uso excessivo de telas, que exige esforço constante dos olhos, também contribui para o surgimento dos espasmos. E, em tempos de hiperconectividade, isso se torna ainda mais comum.

 

Burnout, cansaço digital e outros gatilhos modernos

Tremos pálpebras

Não é por acaso que o tremor nas pálpebras ganha espaço nos consultórios médicos. Vivemos em um ritmo acelerado, muitas vezes sem pausas para respirar — e o corpo cobra essa conta. Em quadros como a síndrome de burnout, por exemplo, os espasmos podem ser um dos primeiros sinais de exaustão emocional.

Além disso, a chamada “fadiga ocular digital” é uma realidade crescente. Horas diante de computadores, celulares e tablets afetam não só a visão, mas também os músculos ao redor dos olhos, levando a episódios de mioquimia.

 

Quando é hora de ligar o sinal de alerta?

Tremos pálpebras

Na maioria dos casos, o tremor é benigno. Mas nem sempre. Segundo o Dr. Olival, é importante buscar avaliação médica se:

  • O espasmo for persistente, durando vários dias;
  • Houver envolvimento da bochecha do rosto, como a regiões outras;
  • O tremor for intenso, a ponto de interferir nas atividades diárias.

Nessas situações, o sintoma pode estar relacionado a condições neurológicas mais sérias e exige investigação.

 

Cuidados com a saúde mental

Tremos pálpebras

A boa notícia é que, na maioria das vezes, basta cuidar melhor de si para afastar os tremores nos olhos. Dormir bem, desacelerar e fazer pausas longe das telas são atitudes simples com grande impacto.

Práticas como yoga, meditação e exercícios de respiração também ajudam a reduzir a tensão acumulada e prevenir o reaparecimento dos espasmos. Para quem vive no piloto automático, o recado é claro: desacelerar é mais que necessário — é vital.

 

Fonte: Catraca Livre 

Registre-se Gratuitamente
Você quis dizer:
Clique aqui "Registre-se", para concordar com os Termos e a Política de Privacidade
Registre-se Gratuitamente
Você quis dizer:
Clique aqui "Registre-se", para concordar com os Termos e a Política de Privacidade