2. Imagine que você está aconselhando um amigo
Quando se trata de dar conselhos e tomar decisões, é mais fácil ajudarmos aos nossos amigos do que a nós mesmos. Acontece que há uma razão real para isso. De acordo com um estudo da Universidade de Waterloo e da Universidade de Michigan descobriu-se que estar de fora da situação permite um entendimento imparcial, deixando-nos mais atenciosos e impedindo-nos de submergir com o problema. Além disso, os pesquisadores apontaram para o fato de que o ato de fornecer aconselhamento consegue nos tirar do ponto de vista que escolhemos inconscientemente, e nos permite pensar de uma forma que nos dá outras possibilidades.
No futuro, quando você não conseguir a decisão certa, escreva uma carta a um amigo próximo aconselhando-o sobre o que fazer no mesmo cenário. Além do fato de que escrever a carta o ajudará a "aconselhar a si mesmo", listar as considerações no papel as formulará de maneira ordenada, o que o ajudará a lidar com o dilema de maneira mais inteligente.
3. Lembre-se do que você pensou
Muitas vezes, evitamos confiar em nossas emoções, especialmente quando se trata de decisões importantes e considerações complexas. A maioria de nós já sabe que confiar na emoção, agir na emoção não é lá a maneira mais prudente de se agir e tomar decisões. No entanto, o Dr. Kahneman discorda dessa visão em sua pesquisa, na qual ele divide nossas reações em dois tipos: a resposta instintiva que ocorre numa fração de segundos e a resposta consciente que envolve um longo processamento da informação que recebemos.
Segundo as observações do estudo, Kahneman mostra que o nosso mecanismo de pensamento rápido geralmente leva às escolhas certas para nós. A próxima vez que você enfrentar uma decisão difícil, não ignore logo de início os seus sentimentos. Mesmo se você já entrou em um interminável turbilhão de ideias, tente isolar o primeiro pensamento que veio à mente, há uma grande probabilidade de que seja a escolha certa.
4. Evite decisões restritivas
Em seu livro, "Como fazer melhores escolhas na vida e no trabalho", os irmãos e pesquisadores Chip e Dan Heath identificam que o "enquadramento restrito" na maneira como nós, seres humanos, pensamos pode ser um dos principais fatores que nos levam à culpa na tomada de decisão errada. Em seu livro, eles afirmam que a maioria das pessoas tende a pensar em termos restritos de "sim" ou "não", enquanto, na verdade, elas podem estabelecer uma ampla gama de opções diferentes e melhores.
No futuro, evite restringir a decisão dessa forma e retorne a elas somente depois de ter examinado todas as possibilidades que puder. Por exemplo: Nos relacionamentos, a questão às vezes surge em uma crise: "Devo ficar com minha esposa? "Em vez disso, tente sair do enquadramento limitado com a questão mais ampla: "O que podemos fazer para melhorar nosso relacionamento?" Isso abre diante de você uma infinidade de possibilidades que, na melhor das hipóteses, será melhor para você.
5. Observe se você está sofrendo pressão externa e desconecte-se de tudo
Na vida cotidiana, encontramos muitas situações em que as pessoas tentam influenciar nossas decisões. No entanto, mesmo que elas queiram o nosso bem, às vezes não estão cientes de tudo que está envolvido, chegando até mesmo a criar pressão nos levando a um aumento em nosso estresse mental, que apenas prejudica ainda mais nosso julgamento. Nesses casos, você precisa se desconectar por um momento, para que possa tomar uma decisão mais razoável e sensata.
Quando você encontrar pressão externa, simplesmente afaste-se das interferências ao seu redor. Se um colega ou gerente pressiona você em uma determinada decisão, levante-se por alguns minutos e saia da sua mesa, e se o seu parceiro tentar mudar de ideia sobre uma consideração em particular, tente pedir a ele alguns minutos de espaço para que você possa pensar em uma sala separada. Outra ótima maneira de romper com os ruídos externos é caminhar, correr ou respirar e também praticar técnicas de meditação que ajudam a reduzir o nível de hormônios do estresse no corpo, que interferem, entre outras coisas, na incapacidade de pensar com clareza.
6. Aprenda a reconhecer quando você está demorando demais para tomar uma decisão
Na década de 1950, o psicólogo Herbert Simon entendeu uma das principais diferenças entre as pessoas: aquelas que estão satisfeitas com a sua escolha e aquelas que nunca param de procurar “melhores opções”. Segundo a teoria de Simon, na maioria das vezes, o segundo grupo arrasta o processo de tomada de decisão para uma jornada longa e confusa que às vezes termina com uma decisão equivocada devido à grande frustração que a pessoa experimenta.
O detalhe é que, se você perceber que foi arrastado para a armadilha de incontáveis discussões e debates, às vezes você só precisa tomar uma decisão. Não há dúvida de que há decisões que exigem tempo e reflexão, mas é recomendável que você não demore demais, transformando o tempo em seu inimigo. Você se sente preso em um turbilhão de pensamentos? Basta estabelecer um prazo para se decidir a tomar a decisão e as chances de ela ser a certa para você só aumentarão.
7. Imagine o que os outros fariam se estivessem no seu lugar
Há uma grande diferença entre nossa experiência pessoal diante de uma decisão que temos que tomar e da maneira como os outros respondem a ela. Por essa razão, Mike Myatt, consultor e especialista em liderança, recomenda imaginar o que amigos e familiares que conhecemos bem fariam em nosso lugar. Desta forma, conseguimos sair da nossa fixação mental e realmente nos forçar a pensar "fora da caixa".
Há, é claro, a possibilidade de pedir a verdadeira opinião de pessoas próximas a nós, mas às vezes nós é que realmente temos que decidir, a fim de evitar pressões desnecessárias de outras partes que apenas nos enfraquecerão. Não é fácil imaginar como os outros pensariam, então faça uma pequena lista daqueles que você conhece mais profundamente e pense em como eles agiriam toda vez que você precisar tomar uma decisão difícil. Certifique-se de restringir a lista a não mais de 2 a 3 pessoas, para não criar uma carga exagerada que dificulte a sua vida.
8. Leia mais livros
Se você estava procurando a desculpa perfeita para terminar o livro que você abandonou na prateleira, agora você tem uma boa razão, que inclusive tem respaldo científico. Em um estudo realizado pela Universidade de Toronto em 2013, a pesquisadora Maja Djikic descobriu que os sujeitos que liam livros, especialmente do gênero de ficção científica, exibiam habilidades cognitivas mais altas no final do experimento e eram capazes de se abrir para novas ideias e fazer decisões mais sabiamente.
Tente ler um bom livro de vez em quando e até por alguns minutos. Além do benefício intelectual dos livros em nossas mentes, a "fuga" para um enredo interessante acalma um pouco pensamentos acelerados que inundam sua cabeça, permitindo que você se aproxime da decisão de forma equilibrada e calma.