1. O presente é o momento mais precioso
Muitas pessoas não percebem que o presente é tudo o que temos e se esquecem de aproveitá-lo. O passado é um conjunto de memórias que faz parte da nossa história e personalidade, e o futuro é uma expectativa de promessa de realização e salvação – em ambos os casos, é uma ilusão. De acordo com Tolle, o caminho mais seguro para perder tempo em sua sua vida é acreditar que o futuro é mais importante do que o momento presente em que estamos. Reconhecer e apreciar o presente instila em nossos momentos um senso mais simples de qualidade de vida, carinho e amor.
2. O amor não está fora, mas dentro de você
Buscamos o amor desde o início da vida. Para nós, o amor só pode ser proveniente de uma fonte externa – pais, cônjuge, filhos, amigos etc. O medo da perda do amor, ou distância e rejeição nos espanta, e estamos confiantes de que precisaremos de aprovação externa para o resto de nossas vidas. O que não consideramos é que o amor existe dentro de nós – é, de fato, um estado de ser.
Você pode acordar de manhã sem um parceiro ao seu lado e mesmo assim sentir amor pela vida, pela existência, dentro de si. Esse amor nunca será perdido e nunca o deixará. Se você pensar nisso, a nossa necessidade de ter alguém que nos ame é, antes de tudo, o nosso desejo de amar a nós mesmos através do olhar do outro.
3. A vida lhe dará qualquer experiência que seja mais útil para a evolução da sua consciência
Muitas pessoas se queixam de experiências difíceis que os "atormentam" ao longo de suas vidas. Por que o chefe é tão difícil? Por que o parceiro não me entende? Por que minha vida está repleta de dor? Tolle afirma que há uma resposta clara a todas essas questões. A vida nos dá as lições que precisamos, não necessariamente as que queremos, para promover o desenvolvimento de nossa consciência. Isso não é um fatalismo. Por mais que as experiências sejam dolorosas, são um caminho para a nossa maturidade. E tudo passa. Este é o caminho mais seguro para o futuro.
4. Quanto mais pensamentos negativos você tiver, mais compulsiva sua mente vai ficar
As pessoas tendem a se concentrar mais no negativo do que no positivo. Se você fizer uma caminhada de meia hora e terminar "apenas" 20 minutos, você provavelmente se concentrará nos 10 minutos que não terminou em vez dos 20 minutos feitos. Isso acontece porque nossa mente fica obcecada com o negativo e, sem perceber, afeta negativamente nossa vida em cada passo que tomamos.
5. Quando você reclama, você se torna uma vítima
Todos nós nos queixamos uma vez ou outra. Até aí tudo bem. O problema é quando reclamamos constantemente, e isso se torna um hábito muito ruim. Segundo Tolle, reclamar significa não aceitar o que existe, o que se tem hoje e agora, e nessa situação, há uma carga negativa inconsciente. Quando reclamamos, nos tornamos uma vítima.
Por outro lado, quando expressamos nossa opinião, damos presença ao nosso poder. Se você deseja mudar uma determinada situação, tome a iniciativa – fale, saia, se afaste, movimente-se, ou então aceite a situação como está. Lembre-se de que nossa reação causa um impacto muito grande no outro também, e tudo que ressuscitamos em outros também existe em nós.
6. Existe uma linha muito tênue entre honrar o passado e se perder nele
Às vezes, tememos deixar o passado - nosso pensamento é que o passado abriga tudo que nos deu significado e criou nossa identidade e, sem ele, estaríamos perdidos. Mas, para abrir espaço para novas experiências e novas pessoas, devemos deixar o passado e praticar o desapego, pois não estamos perdendo algo que temos, e sim algo que fomos.
Isso, é claro, exige grande coragem, e haverá mudanças que podem parecer difíceis no início, mas Tolle afirma que devemos reconhecer o passado, aprender com nossos erros e nos perdoar – e assim seguir em frente e focar no presente.
7. Desista de definir a si e ao outro
Vivemos em um mundo de definições, que direciona nossa forma pensar e aonde pertencer, mas quanto mais definimos a nós e ao meio ambiente, mais criamos limites. Tolle argumenta que, quando nos conectamos com pessoas, não devemos estar lá com uma função ou um papel, mas como um campo de presença consciente – isso significa dar a nós mesmos a liberdade de não mergulhar sob uma definição constante e absoluta, e sim viver e experimentar todas as qualidades e sentimentos que existem em nós. Às vezes, definimos as pessoas de forma negativa, sem saber que podem ter medo de perder sua identidade, mesmo que tenha sido estabelecida como "mal", e, portanto, essas pessoas persistirão na negação e destruirão o bem em suas vidas.
8. Você é mais do que seu cérebro
O significado da liberdade, da redenção e da iluminação é conhecer a nós mesmos e ficar acima de nossos pensamentos, ficar em silêncio sob o barulho da mente e nos familiarizarmos com o amor e a felicidade que estão acima de qualquer dor. A raiva, a tristeza ou o medo não são nossos estados pessoais, mas da mente humana.
A maneira de saber a diferença entre eles é saber que o que não é pessoal vem e vai embora. Nós tendemos a nos identificar com os pensamentos, porque é o lado que mais valorizamos na sociedade em que vivemos, mas os pensamentos nos mantêm entre lembranças e antecipações. Existe uma vasta extensão de inteligência além do pensamento. As coisas que realmente importam – beleza, amor, criatividade, alegria e paz interior – vão além do cérebro.
9. Não há ego onde há amor verdadeiro
Se você se concentrar nesta citação, isso pode mudar coisas essenciais em sua mente e até mesmo em sua vida; na maioria de nossos relacionamentos, existe um ego. Nós damos, exigimos e buscamos satisfazer o nosso ego porque "não podemos falar assim". Eckhart Tolle argumenta que, em um relacionamento sincero, há um fluxo de atenção aberto e alerta para a outra pessoa, sem qualquer desejo (para compensação), e essa relação não é controlada pelo ego. Isso não significa devoção total, mas dar isso não é controlado pelo medo.
10. Quando você luta, fortalece a dor
Se não expressarmos qualquer objeção à vida, podemos alcançar um estado de graça, calma e iluminação, e isso nos liberta da dependência da percepção de que as coisas devem ser um certo caminho para que sejamos felizes. Quando lutamos, fortalecemos a fonte de dor e, quando resistimos, continuamos.
No momento em que renunciamos à resistência e à dependência na forma de ser, nas questões materiais ou nas pessoas, o estado geral de nossas vidas tende a melhorar muito. As pessoas e as coisas que achamos que precisamos para a nossa felicidade virão até nós sem toda essa luta, e podemos ser livres para apreciá-los. É importante lembrar que todas as coisas que chegam à nossa vida passam, pois estamos em um movimento cíclico, e quando vivemos de forma independente, não temos mais medo de perder as coisas.
11. Todo vício começa com dor e termina com dor
O vício é algo que existe na maioria das nossas vidas; nos entregamos a cigarros, comida, compras, álcool, jogos de azar e até a pessoas. O denominador comum de todos esses vícios é que eles começam com dor e terminam com a dor, e decorrem de uma recusa inconsciente para lidar com a angústia em nós e seguir em frente. O vício é usar algo ou alguém para encobrir o sofrimento.
12. Procurar é a antítese da felicidade
As pessoas espiritualizadas podem falar muito sobre suas vidas como uma jornada de exploração – uma busca pelo eu, pela paz ou a felicidade. Eckhart Tolle afirma surpreendentemente que a antítese da felicidade é a busca, e que, se a buscarmos, não a encontraremos. Segundo ele, há uma diferença entre felicidade e paz interior, porque a felicidade parece depender de coisas positivas, o contrário da paz interior, que está ali, mesmo no meio de situações difíceis.
13. Qualquer ação é melhor do que nenhuma ação
Se você está preso por um longo tempo em um estado de infelicidade, as vezes a ação é preferível à falta de iniciativa. Se a ação que você tomou não deu certo, pelo menos você terá aprendido algo com isso e então será um erro a menos na vida e um aprendizado a mais. Se você permanece em estado de estagnação e infelicidade, não aprenderá nada.
14. A mente é uma ferramenta superior se usada com sabedoria
Nosso cérebro pode se tornar uma ferramenta destrutiva se não usado corretamente. Na verdade, não somos nós que o usamos – é ele que nos usa. Muitas vezes, não entendemos a ilusão de que somos nossas mentes e, consequentemente, nossas opiniões. Essa ferramenta (nosso cérebro) controla nossas vidas e devemos tratá-la com respeito, para assim manter o controle em nossas mãos.
15. Não leve a vida tão a sério
A sociedade sempre reforça o valor da seriedade como evidência de sabedora, perseverança e estabilidade. Ser um pouco ‘bobo’ é considerado infantil. Mas, como Tolle enfatiza, a mente ou os pensamentos que nos controlam são o que infunde em nós a crença de que a vida é um assunto muito sério e, portanto, deve ser tomada como tal. Afinal, já vemos muitas coisas difíceis na vida, como dores e injustiças, e por isso precisamos de leveza e humor para nós mesmos.