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Novas Descobertas no Tratamento de Demência

O Editor: Bruno Á.
A demência é uma doença degenerativa na qual a pessoa perde as capacidades cognitivas de forma parcial ou completa, e é mais comum com o avanço da idade. Atualmente, estima-se que mais de 45 milhões de pessoas no mundo tenham a doença. No entanto, acaba de surgir uma boa notícia do mundo científico: a Sociedade Europeia de Cardiologia divulgou uma descoberta relacionada ao uso de anticoagulantes com a doença. Eles diagnosticaram que o uso desses medicamentos diminui o risco de infarto e ataque cardíaco em pacientes com fibrilação auricular, uma enfermidade que causa um ritmo cardíaco anormal na pessoa e, dessa forma, diminui consideravelmente o risco de ter demência.
 
anticoagulantes podem ser usados no tratamento de demência

Esta brilhante descoberta, recentemente publicada na revista acadêmico-científica European Heart Journal, pode ajudar milhares de pessoas ao redor do mundo. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão ao coletar e estudar os dados de 444 mil pacientes suecos com fibrilação auricular com diagnóstico feito entre os anos de 2006 e 2014. Neste estudo, eles deram atenção especial aos medicamentos prescritos aos pacientes.

Segundo o Dr. Leif Friburg, do Instituto Karolinska e coautor do estudo, “há pacientes com fibrilação auricular que têm uma visão muito fatalista sobre acidentes vasculares cerebrais: para eles, isso acontece ou não acontece. E poucos pacientes têm essa visão sobre a demência, o que gradualmente faz a pessoa perder o controle cognitivo". Ele também disse que "nenhum cérebro pode resistir a um bombardeio constante de coágulos microscópicos no longo prazo. Os pacientes provavelmente querem manter o máximo possível de pequenas células cinzentas".

 

Apesar de estabelecer ligações concretas entre a fibrilação auricular com a demência e o uso de anticoagulantes, a equipe ainda não descobriu o que causa essa relação. No entanto, eles "sugerem fortemente" que os anticoagulantes comumente prescritos, como apixaban, varfarina, rivaroxabana e edoxabano, protegiam os pacientes ao não permitir a formação de coágulos sanguíneos, que são causadores de demência.

anticoagulantes podem ser usados no tratamento de demência

Apesar dessas incertezas, o Dr. Friberg ainda acredita que os pacientes com fibrilação auricular devem manter o uso de anticoagulantes com regularidade. Ele afirma que "os médicos não devem dizer a seus pacientes para deixar de tomar anticoagulantes orais sem uma boa razão. Eu diria aos pacientes para não pararem de tomar, a menos que o médico afirme isso". Apesar de ainda não terem encontrado o motivo subjacente da eficácia deste tratamento, isso não significa que não funcione.

De acordo com Dra. Carol Routledge, chefe de ciências da instituição Alzheimer’s Research UK, no Reino Unido, "as descobertas evidenciam a necessidade de uma investigação mais a fundo, mas a natureza do estudo nos impede de concluir firmemente que os anticoagulantes reduzem o risco de demência". Ela também disse que "será importante ver os resultados de outros estudos em curso nesta área, assim como provocar a relação exata entre anticoagulantes e o risco de diferentes tipos de demência".

Bônus: Veja neste vídeo como portadores de demência em Zurique, na Suíça, tratam a doença com música e dança.

Fonte: futurism | Imagens: depositphotos

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