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Corações Sintéticos Podem Virar Realidade em Breve

O Editor: Bruna S.

Os cientistas estão perto de alcançar mais um feito grandioso conseguindo salvar corações humanos a partir de células-tronco. Esta é uma notícia fantástica para milhares de pessoas ao redor do mundo que estão esperando pacientemente por um transplante de coração.

Nos Estados Unidos, existem atualmente cerca de 4.000 pessoas esperando por um transplante de coração, mas apenas 2.500 delas receberão um no ano seguinte. Já no Brasil, são cerca de 32 mil pessoas na espera. Além disso, há o risco substancial de o coração ser rejeitado pelo corpo do paciente durante o transplante devido à reação contra células estranhas.

Como resultado, os pesquisadores têm trabalhado arduamente na criação de órgãos sintéticos a partir das próprias células dos pacientes. Uma equipe de cientistas do Hospital Geral de Massachusetts e da Harvard Medical School está um passo mais perto de seu objetivo, graças ao uso de células da pele adulta para regenerar o tecido funcional do coração humano.

Os cientistas ainda não chegaram ao ponto de desenvolver corações sintéticos a partir dos próprios tecidos dos pacientes, e isso ocorre porque os órgãos têm uma arquitetura particular que precisa ser seguida. É relativamente fácil fazer isso em um laboratório usando um tipo de andaime, no qual as células podem ser construídas (pense nisso como construir uma casa com a estrutura já pronta).

Anteriormente, os cientistas conseguiram criar uma técnica usando uma solução detergente para retirar um órgão doador de células que poderia desencadear uma resposta imune no paciente que recebe um novo coração. Eles tentaram o experimento em ratos inicialmente, mas depois tentaram replicar suas descobertas em corações humanos.

coração sintético

Células foram retiradas de cerca de 73 corações considerados impróprios para transplante, então os pesquisadores pegaram células adultas da pele e usaram uma nova técnica com RNA mensageiro para transformá-las em células-tronco pluripotentes, as células que podem tornar-se especializadas em qualquer tipo de célula no corpo humano e, em seguida, induziu-as a tornarem-se dois tipos diferentes de células cardíacas.

O passo seguinte consistiu em garantir que a matriz remanescente fornecesse uma base sólida para as novas células, de modo que as células induzidas pudessem ser colocadas nelas. Eles infundiram os corações com uma solução nutritiva durante as duas semanas seguintes e permitiram que eles crescessem sob forças similares às quais seriam expostos dentro do corpo humano.

Depois que as duas semanas terminaram, os pesquisadores observaram que os corações sintéticos pareciam semelhantes aos corações naturais imaturos, e que até começaram a bater quando lhes deram um choque de eletricidade.

Este estudo não é a primeira vez que o tecido cardíaco é cultivado em laboratório, mas é o mais próximo que os pesquisadores conseguiram chegar do seu objetivo final, que é cultivar um coração humano inteiro. O próximo passo para o crescimento de todo o coração seria melhorar o rendimento de células-tronco pluripotentes, assim como encontrar uma maneira de ajudar as células a amadurecerem muito mais rapidamente. O objetivo final é ser capaz de criar corações feitos sob medida para pacientes que precisam deles, negando assim os riscos associados à rejeição de transplantes.

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